Gerar um filho pode ser muito importante para o auto-conceito dos pais e para a consolidação das relações familiares. No entanto, também é possível que haja um impacto negativo quando a decisão de ter filhos não é seguida pelo desempenho físico idealizado. O casal ou um dos membros poderá surgir instabilidade, não contenção das emoções, e estas podem ser perturbadoras para a saúde física e psicológica do indivíduo. Queixas paralelas tais como a redução do apetite sexual e a ausência da intimidade são também comuns.
Apesar de poder acontecer a não valorização de aspetos emocionais, quando existem complicações no processo de reprodução, podem surgir atribuição de culpa e responsabilidades de ambas as partes, dificuldades no diálogo e um ambiente desagradável na relação amorosa. Possíveis desentendimentos entre o casal provocam incertezas no que diz respeito ao futuro da relação, podendo intensificar a ansiedade e o stress na relação, e o sucesso dos processos reprodutivos assistidos.
Como pode o suporte psicológico ajudar?
Na infertilidade, o acompanhamento psicológico permite explorar a ansiedade, angústias e receios, assim como a partilha e o apoio emocional na relação. Este apoio é essencial para a estabilidade da relação e para o desenvolvimento da confiança para enfrentar os desafios reprodutivos e o seu enquadramento na relação.
Geralmente, no momento em que os casais procuram ajuda devido a problemas de infertilidade, estes podem já se encontrar apreensivos, frágeis e desgastados por procedimentos de procura de ajuda reprodutiva longos e complicados. Dado que a infertilidade poderá causar sensações de perda e de fragilidade, poderá ser necessário passar por uma fase de adaptação emocional, facilitada pelo acompanhamento psicológico
